quarta-feira, dezembro 28, 2005

Pois é...

Parlamento é o maior centro de recrutamento do Estado.

Em apenas nove meses, a Assembleia da República já registou o abandono de 43 deputados, a maior parte da bancada do PS, 19 dos quais para integrarem o Governo de José Sócrates. Uma situação que contribui para tornar o Parlamento o maior centro de recrutamento do Estado.
Passado apenas um ano da legislatura, um terço dos deputados eleitos pelos socialistas já não se encontram no hemiciclo, como é o caso de seis actuais ministros(Alberto Costa, Augusto Santos Silva, José Vieira da Silva, Luís Amado, Manuel Pinho e Pedro Silva Pereira) e 12 secretários de Estado (Ana Paula Vitorino, Ascenso Simões, Jorge Lacão, Eduardo Cabrita, José Magalhães e Laurentino Dias, entre outros exemplos), além do próprio próprio-ministro, José Sócrates.
Depois, há ainda pelo sete nomeações, Eduardo Ferro Rodrigues, para a OCDE; Guilherme d`Oliveira Martins, para o Tribunal de Contas; Fernando Gomes, para a Galp; Henrique Troncho, para a EDIA; Carlos Zorrinho, para a coordenação do Plano Tecnológico e da Agenda de Lisboa; José Miguel Medeiros, para o Governo Civil de Leiria; e Rui Cunha, para a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
A par destas saídas, há a registar ainda outras, para o Poder Local, mas também uma subida do número de mulheres na bancada parlamentar do PS. Consequência, mais uma vez, das muitas saídas.
In Rádio Alto Minho

O PS na sua melhor tradição...

terça-feira, dezembro 27, 2005

JSD de Ponte de Lima



A JSD de Ponte de Lima, em colaboração com a Conferência de S. Vicente de Paulo, distribuíu 90 cabazes a famílias carenciadas do concelho, no âmbito da campanha de solidariedade "Para que as crianças continuem a sorrir".

Os donativos foram todos entregues na passada semana, antes da noite de Natal, com o intuito de possibilitar uma ceia mais rica e com os merecidos brinquedos para os mais novos.

Algumas reacções proferidas por Filipe Lima, presidente da JSD de Ponte de Lima, após a campanha "Para que as crianças continuem a sorrir";

“A primeira campanha correu muito bem e como em Ponte de Lima nunca nehuma estrutura tnha feito uma campanha deste género, decidimos continuar. Esta correu muito melhor, as pessoas entregaram muitos mais donativos”.
“As pessoas estavam voltadas para a campanha. Foi um sucesso e é para repetir, completamente. No ano passado já tinham sido superadas as expectativas e este ano tínhamos novos objectivos que foram novamente cumpridos”.
Fiquei supreendido por ver pessoas a um quilómetro de Ponte de Lima sem água e electricidade. Deu para reflectir sobre a causa social”.

Plano Tecnológico - Têm razão... “Não há 2... sem 3”

A aposta na Sociedade do Conhecimento, foi uma das grandes bandeiras eleitorais do actual Governo. Esta aposta é legítima e, em nossa opinião, incontestável! Mais do que ser uma causa particular de qualquer partido político, deverá ser, na actualidade, um imperativo nacional. No mundo da Globalização, são os factores intangíveis como a Informação e o Conhecimento, o Capital Humano e as capacidades de Inovação e Gestão da Mudança que diferenciam os Países e constituem os pilares da sua competitividade e nível de desenvolvimento.

O Plano Tecnológico como foi apresentado pelo Primeiro – Ministro José Sócrates, era um esplendor de desenvolvimento. Mostrava-se como um plano inteligente, inovador e de um cariz estratégico importante para Portugal, visando a fundamental competitividade.

A Juventude Social Democrata vem por este meio denunciar um “plano falhado” por parte do Governo. Um “Plano de Ilusões” que infelizmente só vem acentuar a desacreditação dos jovens nas políticas do Governo. Se tinhamos dúvidas em relação á capacidade deste Governo de transformar em acção o que promete, temos agora certezas absolutas desse facto.

Não podemos admitir que este plano tenha 3 coordenadores em tão curto espaço de tempo, mostrando a incapacidade de desenvolver políticas transversais e de grande valor para Portugal. O facto do Primeiro Ministro avocar a coordenação do projecto para o seu gabinete, demonstra a incapacidade da sua equipa em dar seguimento a um plano que cada vez mais temos dúvidas que realmente exista.

Exigimos que o Primeiro Ministro de Portugal assuma toda a responsabilidade na descoordenação do Plano Tecnológico e que explique como vai implementa-lo, de modo a gerar confiança nos muitos jovens que já praticamente não acreditam no efeito do Plano.

Comissão Política Nacional da JSD

sexta-feira, dezembro 23, 2005

BOM NATAL

Presidenciais

Segundo sondagem publicada no Jornal de Negócios de hoje e realizada entre os dias 20 e 22 de Dezembro, Cavaco Silva vence à primeira volta com 56,5%, Mário Soares 11,4%, Manuel Alegre 10,3%, Francisco Louçã 3,7% e Jerónimo de Sousa 3,4%.
Esta sondagem demonstra, ainda, que a candidatura de Cavaco Silva é a que tem a maior transversalidade de eleitorado.

Veja a notícia no Jornal de Negócios

Assembleia Municipal de Viana chumbou o Plano de Actividades e Orçamento para 2006

(...)Com 37 votos contra de toda a oposição, PSD, CDS, Bloco de Esquerda e CDU, 34 a favor dos socialistas e 4 abstenções dos independentes, o documento do executivo PS de Defensor Moura foi rejeitado.
O autarca socialista diz que até à aprovação de novo plano o município vai viver de duodécimos.
O PSD diz que este é um aviso ao executivo socialista pela política desastrosa que tem sido seguida. O líder da bancada laranja na assembleia(...)Carlos Antunes diz que o município atingiu o ponto de ruptura, que se reflecte no chumbo do plano e orçamento para 2006 do executivo PS.

In Rádio Alto Minho

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Líder da JSD de Paredes de Coura assume lugar de vereação

João Cunha, presidente da concelhia da JSD de Paredes de Coura, assumiu a responsabilidade autárquica de vereador, substituindo assim o histórico Décio Guerreiro até Fevereiro próximo. A dedicação e empenho deste líder da juventude social democrata local que sempre estiveram presentes ao longo dos, já vários, anos da sua intervenção cívica são conhecidas por todos, pelo que se augura um bom desempenho na defesa dos munícipes courenses.

quarta-feira, dezembro 14, 2005

“por muito que se tenha sido educado no descrédito da política, é-se forçado a reconhecer que, quando se começa a tomar em profundidade consciência da nossa própria existência pessoal e das realidades que nos cercam, somos constantemente conduzidos a ela. [...]”
Francisco Sá Carneiro

Intervenção sobre as políticas educativas para o nosso País

Deputado Pedro Duarte
Assembleia da República, 7 de Dezembro de 2005



Num momento em que todas as análises e todas as conclusões assumem que o País precisa de melhor educação e que para isso, a todos deve ser exigido um maior esforço, um maior empenho e melhores resultados, o Governo dá um péssimo sinal à sociedade portuguesa e, particularmente, à comunidade educativa. Contraditoriamente, o Governo dá sinais de querer conferir um “bónus à preguiça”, quando objectivamente, mais não está do que a prejudicar o futuro dos portugueses. Permitam-me mesmo que conclua que é o regresso de um certo PS, no seu apogeu!
Vendem-se facilidades, em busca de apoios efémeros!
Mas, a consequência deste sinal é grave. Este é um gesto de imposição às novas gerações portuguesas de uma cultura de facilitismo, avessa ao rigor, à exigência, à excelência e a qualquer ideia de avaliação ou monitorização.
Não podemos deixar de manifestar, sem qualquer hesitação, que este não é o nosso caminho! Isto porque, senhoras e senhores Deputados, não será certamente original se afirmarmos que aos problemas do País, que os portugueses sentem no seu dia-a-dia, – como o desemprego e a crise económica em geral – deveremos somar uma crise de valores e de referências norteadoras da nossa vida comunitária. E aí devemos saber apontar o dedo à responsabilidade política daqueles que assumem decisões que iludem os portugueses, hipotecando o seu (o nosso) futuro. Vimos no passado, que no PS há quem seja, por princípio, avesso a exames. Quem não goste de avaliações, ou qualquer outro meio de aferição que implique esforço. Tal, aliás, ficou bem claro nas discussões que nos últimos anos aqui fomos tendo, a propósito dos exames do 9º ano.
Há quem, no PS, prefira o “nacional-porreirismo”, o “dolce fare niente”, não percebendo que está, dessa forma, a contribuir decisivamente para o atraso do País e para a perda de competitividade da nossa sociedade.
Do ponto de vista do PSD, não é decididamente assim, que vamos ultrapassar as debilidades do nosso sistema de ensino. Contudo, apesar de reconhecermos que para alguns, dentro do PS, a lei fundamental é, tantas vezes, a Lei do Menor Esforço, não podemos deixar de considerar absolutamente surpreendente esta medida que o Governo agora decidiu “tirar da cartola”. Diga-se a este propósito que o fez sem ouvir qualquer parceiro, sem comunicar ao Parlamento e sem aguardar, sequer, pelo Parecer do Conselho Nacional de Educação.
Esta postura autista começa, infelizmente, também a ser uma marca indisfarçável.

(…)

Há, colateralmente, um outro dado particularmente grave e preocupante, nesta medida ontem apresentada.
Em paralelo com a, já por si muito errada, decisão de reduzir o número de exames nacionais no ensino secundário, o Governo afirma que considera dispensável a realização do exame a Português, no final deste ciclo de ensino.
Ou seja, o Governo prepara-se para retirar o carácter obrigatório do exame a esta disciplina no final do 12º ano.

(…)

Não preciso, certamente, de gastar muitas palavras para defender o carácter absolutamente insubstituível da nossa Língua. E do seu papel decisivo na defesa e na promoção da nossa Cultura, da nossa Soberania, no fundo, da nossa Identidade. E, certamente, de igual modo, não precisarei de perder muito tempo a recordar-vos os fracos resultados que os nossos jovens estudantes têm almejado no domínio da Língua Portuguesa.
Não é pois aceitável – nem sequer compreensível - que, no mesmo momento em que o Governo pede às escolas – e bem, na nossa opinião - que intensifiquem o ensino da língua inglesa, queira por outro lado subvalorizar, prejudicar a aprendizagem da nossa Língua, património singular da nossa História e da nossa Cultura.
De resto, todos percebemos, sem dificuldade, o carácter transversal que exige o domínio da língua portuguesa. Não é um ramo, uma área, um sector de aprendizagem.
Em suma, o PSD manifesta a sua frontal oposição a esta decisão do Governo.
Repito: vai no caminho precisamente oposto àquele que é exigido pelos desafios que teremos pela frente.
É a busca de simpatias pela introdução de facilidades. De resto, perante estas opções do Governo, torna-se legítima a interrogação sobre o que se seguirá: Vai, em coerência, acabar o exame de Português no 9º ano? E o de Matemática? E a nota mínima de acesso ao ensino superior? Vai também ser revogada?

(…)

Está em causa o futuro do País. É bom que o Parlamento saiba assumir a sua responsabilidade de evitar que este erro evidente tenha concretização.

(…)

sábado, dezembro 03, 2005

Recordar Francisco Sá Carneiro














Francisco Manuel Lumbrales de Sá Carneiro (Porto, 19 de Julho de 1934 - Camarate, 4 de Dezembro de 1980), foi Primeiro-ministro de Portugal, durante cerca de onze meses, em 1980.

Advogado de profissão, foi eleito, dentro das listas da Acção Nacional Popular, o partido único do regime salazarista, para a Assembleia Nacional, o parlamento fantoche do regime, convertendo-se em líder da Ala Liberal , onde desenvolveu diversas iniciativas tendentes à gradual transformação da ditadura numa democracia típica da Europa Ocidental. Não tendo alcançado os objectivos pelos quais se propusera pugnar, viria a resignar ao cargo de deputado com outros membros da Ala Liberal, entre os quais Francisco Pinto Balsemão.

Em Maio de 1974, após a Revolução dos Cravos, Sá Carneiro fundou o Partido Popular Democrata (PPD), entretanto redesignado Partido Social-Democrata (PSD), juntamente com nomes como Francisco Pinto Balsemão e José Magalhães Mota, tendo-se tornado seu primeiro secretário-geral.

Nomeado ministro sem pasta em diversos governos provisórios, seria eleito deputado à Assembleia Nacional Constituinte no ano seguinte, e em 1976 eleito para a I Legislatura da Assembleia da República.

Em Novembro de 1977, demitiu-se da chefia do partido, mas seria reeleito no ano seguinte para desempenhar a mesma função.

Em finais de 1979, conduziu a Aliança Democrática (uma coligação entre o seu PPD/PSD, o Centro Democrático Social/Partido Popular de Diogo Freitas do Amaral, o Partido Popular Monárquico de Gonçalo Ribeiro-Telles, e alguns independentes) à vitória nas eleições legistativas desse ano. Dispondo de uma ampla maioria a apoia-lo (a maior coligação governamental até então desde o 25 de Abril), foi chamado pelo Presidente da República Ramalho Eanes para liderar o novo executivo, tendo sido designado como Primeiro-Ministro de Portugal em 3 de Janeiro de 1980, sucedendo assim a Maria de Lourdes Pintasilgo.

Sá Carneiro viria a falecer em circunstâncias trágicas, em 4 de Dezembro desse mesmo ano, quando o avião no qual seguia se despenhou em Camarate, pouco depois da descolagem do aeroporto de Lisboa, quando se dirigia ao Porto para tomar parte num comício destinado a apoiar o candidato presidencial da coligação, o general António Soares Carneiro. Não obstante o sucedido, o seu candidato viria a perder as eleições que se realizaram poucos dias depois para o general Eanes, que foi assim reeleito para o seu segundo mandato à frente dos destinos do País. Conjuntamente com ele faleceu o ministro da Defesa, o democrata-cristão Adelino Amaro da Costa.

Ainda hoje, mais de vinte e cinco anos depois dos acontecimentos, se continuam a digladiar duas teses envolvendo a sua morte: um puro e simples acidente, ou um atentado (e nesse caso, desconhecendo-se quem o perpetrara e contra quem teria sido ao certo…)

O aeroporto internacional do Porto, para o qual ele se dirigia, foi posteriormente rebaptizado com o seu nome, apesar das objecções de que não seria de bom tom dar a um aeroporto o nome de alguém que havia morrido num desastre de aviação…

Obras

De entre os seus trabalhos destacam-se: Uma Tentativa de Participação Política (1973), Por uma Social-Democracia (1975); Poder Civil; Autoridade Democrática e Social-Democracia (1975) ou ainda Uma Constituição para os Anos 80: Contributo para um Projecto de Revisão (1979).

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Histórias por contar



QUARENTA personalidades que conviveram e trabalharam com Francisco Sá Carneiro quiseram dar o seu testemunho numa publicação que marca o 25º aniversário da sua morte e que será lançada, hoje, numa cerimónia na Alfândega do Porto presidida por Marques Mendes. Freitas do Amaral, Ribeiro Telles, Cavaco Silva, Durão Barroso, Marcelo Rebelo de Sousa, Pedro Santana Lopes, Rui Machete, Eurico de Melo, Alberto João Jardim são alguns dos que escrevem sobre o ex-primeiro-ministro.

Fonte: Expresso