O sonho azul português: Tratado de Lisboa
«Agora segue-se a redacção do tratado e depois a fase de ratificação» que deve estar condicionada a um referendo à população..
«A melhor forma é permitir que um grande debate se faça e as pessoas participem na aprovação deste tratado. Se não for assim violam-se compromissos eleitorais e afasta-se ainda mais a cidadania das instituições europeias», afirmou Luís Marques Mendes.
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Os líderes europeus alcançaram hoje de madrugada em Bruxelas um acordo sobre um novo tratado da UE, cuja redacção e aprovação caberá à presidência portuguesa conduzir no segundo semestre do ano.
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O compromisso entre os chefes de Estado e de Governo dos 27 Estados-membros sobre a essência do denominado «Tratado Reformador», que põe fim a um impasse político-constitucional que se arrastava há dois anos, só foi possível após uma longa maratona negocial na Cimeira de Bruxelas, iniciada quinta-feira.
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«Queremos uma Europa dos cidadãos» até porque «hoje há um divórcio grande entre as pessoas e a União Europeia», afirmou, considerando que a realização da consulta popular é uma responsabilidade dos políticos.
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E prosseguiu: «Se as pessoas não querem a Europa é porque os políticos estão desfasados das pessoas. Se os políticos decidem todos os dias nas costas das pessoas correm o risco de num dia destes as pessoas estarem definitivamente divorciadas da Europa».
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Sobre o consenso obtido em Bruxelas, Marques Mendes afirmou que «o acordo pode não ser o ideal, mas talvez seja o suficiente para ultrapassar o impasse e vencer a crise».Agora interessa que «a Europa abandone as questões institucionais e que as resolva», virando-se depois para «a criação de riqueza e para ser um espaço competitivo».
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