Gigantones e bombos para assinalar a vergonha de Viana
Gigantones e mais de uma centena de bombos desfilaram, ontem, na Ponte Eiffel, em Viana do Castelo. Provenientes de Darque e em direcção à cidade, os ritmos e as batidas dos Zé's Pereiras poderiam levar a pensar que se viviam momentos de romaria no Alto Minho, mas o motivo do excurso é outro o protesto da comissão de utentes daquela ponte, que se afirmam como verdadeiros "bombos da festa"..
"Enquanto utentes desta ponte, temos sido os bombos da festa. São 20 mil pessoas que estão isoladas na margem sul", acusou o porta voz do movimento, Arménio Belo, no dia em que se assinalou o 129,º aniversário da travessia metálica sobre o rio Lima.
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Segundo dados fornecidos por Arménio Belo, desde Fevereiro de 2006, 12500 viaturas estão forçadas a circular pela A28, percorrendo 11 quilómetros a mais, na ligação entre as duas margens.
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Tendo em conta que a ponte está interdita ao trânsito há 515 dias, os utentes já percorreram, a mais, "cerca de 71 milhões de quilómetros", o que implica o "custo total de cerca de cinco milhões de euros, valor igual ao da empreitada de lançamento da obra do tabuleiro da ponte Eiffel". E também "mais de um milhão de horas perdidas" pelos utentes nas deslocações efectuadas.Por isso, a Comissão de Utentes exige que "a data anunciada, o fim de Outubro, para a conclusão das obras seja cumprida, pois não é aceitável mais atrasos".
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Arménio Belo disse que "a comissão acredita nos técnicos das obras e aguarda que se possa cumprir o prazo, pois não foram os políticos a fazer promessas nem a definir prazos".A ponte foi encerrada a 1 de Fevereiro de 2006 e, segundo o prazo inicialmente fixado, deveria reabrir a 1 de Agosto daquele ano. Mas padece de um atraso de 15 meses.
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Em recente informação da REFER ao presidente da Câmara de Viana do Castelo, a empresa reafirmou a previsão de conclusão das obras até 31 de Outubro, tendo iniciado também o processo para a recuperação dos pilares da ponte.

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