100% JUNTOS!!!
Milhares de pessoas encheram esta quarta-feira as ruas de Arcos de Valdevez numa manifestação de protesto sem precedentes no concelho. População e autarcas, de Arcos de Valdevez e do concelho vizinho de Ponte da Barca recusam o encerramento das urgências no centro de saúde e a transferência do serviço para Ponte de Lima.
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Rui Aguiam, Presidente da Junta de Freguesia de Arcos (Salvador), explicou que a manifestação traduzirse-a numa marcha lenta entre a câmara e o centro de saúde, em que deverão tomar parte munícipes de cada uma das 51 freguesias do concelho.
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"Saberá por acaso o senhor ministro [da Saúde] que Arcos de Valdevez tem 450 quilómetros quadrados e que algumas freguesias ficam a mais de 50 quilómetros da sede do concelho?", questionou Rui Aguiam, em jeito de crítica.
"Saberá por acaso o senhor ministro [da Saúde] que Arcos de Valdevez tem 450 quilómetros quadrados e que algumas freguesias ficam a mais de 50 quilómetros da sede do concelho?", questionou Rui Aguiam, em jeito de crítica.
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Acrescentou que o Centro de Saúde de Arcos de Valdevez "tem muito melhores condições" do que o de Ponte de Lima, para onde está previsto o serviço de urgência que passaria a servir os dois concelhos.
"Tenho a certeza de que se o senhor ministro morasse em Arcos de Valdevez o serviço de urgência que cá existe nunca fecharia", disse ainda.
Acrescentou que o Centro de Saúde de Arcos de Valdevez "tem muito melhores condições" do que o de Ponte de Lima, para onde está previsto o serviço de urgência que passaria a servir os dois concelhos.
"Tenho a certeza de que se o senhor ministro morasse em Arcos de Valdevez o serviço de urgência que cá existe nunca fecharia", disse ainda.
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A Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências apresentou recentemente uma proposta que, no caso do Alto Minho, aponta para um serviço de urgência médico-cirúrgico no Hospital de Viana do Castelo e dois serviços de urgência básica (SUB), um em Ponte de Lima e outro em Monção.
A Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências apresentou recentemente uma proposta que, no caso do Alto Minho, aponta para um serviço de urgência médico-cirúrgico no Hospital de Viana do Castelo e dois serviços de urgência básica (SUB), um em Ponte de Lima e outro em Monção.
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"Porquê um SUB em Ponte de Lima, quando este concelho está a apenas 20 quilómetros de distância do Hospital de Viana do Castelo?", insurgiu-se Rui Aguiam.
"Porquê um SUB em Ponte de Lima, quando este concelho está a apenas 20 quilómetros de distância do Hospital de Viana do Castelo?", insurgiu-se Rui Aguiam.
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O presidente da Câmara de Arcos de Valdevez, Francisco Araújo, também já manifestou "total e veemente oposição" à alegada pretensão do Governo de encerrar as Urgências do centro de saúde local.
O presidente da Câmara de Arcos de Valdevez, Francisco Araújo, também já manifestou "total e veemente oposição" à alegada pretensão do Governo de encerrar as Urgências do centro de saúde local.
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"É uma medida inaceitável, incompreensível e extremamente lesiva dos interesses dos cerca de 25 mil habitantes do concelho, pelo que faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para evitar que ela seja posta em prática", referiu à Lusa o autarca de Arcos de Valdevez.
Francisco Araújo criticou ainda que os responsáveis do Ministério da Saúde tomem decisões "sentados num qualquer gabinete" no Terreiro do Paço, "sem conhecer verdadeiramente a realidade no terreno".
"É uma medida inaceitável, incompreensível e extremamente lesiva dos interesses dos cerca de 25 mil habitantes do concelho, pelo que faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para evitar que ela seja posta em prática", referiu à Lusa o autarca de Arcos de Valdevez.
Francisco Araújo criticou ainda que os responsáveis do Ministério da Saúde tomem decisões "sentados num qualquer gabinete" no Terreiro do Paço, "sem conhecer verdadeiramente a realidade no terreno".
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Para Francisco Araújo, o encerramento das Urgências de Arcos de Valdevez significaria "um duro golpe" para aquela região do interior e "um total desrespeito" pelas suas populações.
"As políticas de coesão nacional e de discriminação positiva das regiões mais desfavorecidas são, cada vez mais, ideias que pertencem ao passado", sustentou, sublinhando "o direito à indignação" da população do concelho.
Para Francisco Araújo, o encerramento das Urgências de Arcos de Valdevez significaria "um duro golpe" para aquela região do interior e "um total desrespeito" pelas suas populações.
"As políticas de coesão nacional e de discriminação positiva das regiões mais desfavorecidas são, cada vez mais, ideias que pertencem ao passado", sustentou, sublinhando "o direito à indignação" da população do concelho.
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A manifestação contou também com a adesão dos habitantes de Ponte da Barca, que actualmente se socorrem nas Urgências de Arcos de Valdevez..
"Caso se verifique o encerramento do serviço de urgências de Arcos de Valdevez, a população de Ponte da Barca irá ser fortemente afectada", tendo esta opinião sido manifestada por José Alfredo de Oliveira, autarca do Concelho de Ponte da Barca: "a confirmaren-se as informações acerca do encerramento dos serviçoes de urgência de Arcos de Valdevez e de Ponte da Barca, são prova da mais grave irresponsabilidade por parte do actual governo, e da maior falta de verdade por parte do actual executivo camarário de Ponte da Barca, uma vez que foi afirmado em AM que não iriamos ver no concelho o encerramento dos SAP".
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«Querem fechar as urgências num centro de saúde que tem todas as condições e mandarem-nos para um contentor», insurgiu-se Olegário Gonçalves, outro dos mentores do protesto.
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Segundo Rui Aguiam, um dos promotores da manifestação, os números da adesão podem ser aferidos pelas 3000 t´shirts pretas, com a palavra 'Não' gravada, que foram distribuídas pelos presentes e que rapidamente esgotaram, «não tendo chegado, nem de longe nem de perto, para as encomendas».
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No local, foram ainda distribuídos panfletos com fotografias comparativas das condições do Centro de Saúde de Arcos de Valdevez e do Centro de Saúde de Ponte de Lima, para onde serão transferidos os doentes daquele concelho no caso das urgências locais fecharem.
No local, foram ainda distribuídos panfletos com fotografias comparativas das condições do Centro de Saúde de Arcos de Valdevez e do Centro de Saúde de Ponte de Lima, para onde serão transferidos os doentes daquele concelho no caso das urgências locais fecharem.