terça-feira, abril 05, 2005



No modelo de sociedade em que vivemos, cada jovem passa mais tempo na escola do que com a família, portanto a escola tem que ser um local de formação constante, justa e socialmente mais digna.

Neste sentido, concordamos com o que a proposta governamental de alteração da lei de bases da educação preventiva preconiza, como forma de combater a iletracia, as assimetrias e como forma de aproximar os currículos portugueses dos da União Europeia.

A promoção da estabilidade do Corpo Docente nas escolas é fundamental.

A implementação célere de um Plano Nacional de Prevenção do Abandono Escolar é urgente.

O estabelecimento de critérios concretos e justos que conduzam à publicação do ranking das escolas deve ser mantido.

A valorização da vertente pedagógica do professor, enquanto elemento essencial para a sua avaliação e consequente progressão na carreira, tem de ser uma prioridade.

A avaliação pedagógica dos docentes ao longo da carreira, não pode ser esquecida.

Mas Portugal não vive isolado do Mundo e por isso o ensino tem que ser pensado no contexto europeu, mais propriamente respeitando a “Declaração de Bolonha”.

O parque escolar está degradado, embora tenha sido melhorado, não existe manutenção preventiva, os equipamentos desportivos são, demasiadamente, escassos e nada atractivos, não existindo uma política de estratégia global, no que refere a esta matéria.

A investigação não é suficiente, devem-se melhorar as condições e os apoios públicos para o efeito, com objectivos mais ambiciosos.

A criação e monitorização dum Observatório de Emprego capaz de “gerir” expectativas de cada estudante é essencial.

Um aumento da dedução à colecta em sede de IRS é necessário, de forma a corrigir os desiquilíbrios entre os vários subsistemas de ensino.

Incentivar à investigação e progressão na carreira dos licenciados , com bolsas e ou mesmo incentivos fiscais, será certamente um caminho

Deve-se apostar num novo modelo de financiamento do ensino superior.

A discriminação positiva do mérito, deve ser um estímulo.

Urge implementar a criação de uma política de estratégia global ( ensino básico até ao ensino superior ), no que refere ao desporto universitário, bem como a criação de novas infra-estruturas e reforçar as já existentes.

Possibilitar um acesso aos cuidados de saúde adequados, em particular aos alunos considerados deslocados, não pode ser esquecido.

É necessária a aplicação de critérios uniformes de selecção dos alunos bolseiros, num sistema centralizado, mas não descurando os diferentes subsistemas, de forma mais justa.

O reforço das instituições de ensino com meios capazes de responder a um ensino de qualidade, exigente e dinâmico digno de orgulho de cada português, deve ser uma causa de e para todos.

Em suma, a reorganização do ensino superior em geral, devido à excessiva oferta face à procura, procurando um modelo mais coeso a todos os níveis e menos dispendioso.

Estaremos atentos à Governação Socialista, sentindo a actual preocupação de todos os estudantes sobre as políticas que o actual Governo implementará.

A JSD irá reunir brevemente com as Associações de Estudantes e Associações Académicas de todo o País, para analisar o actual Estado do Ensino em Portugal, e apresentará as suas conclusões.

A JSD dá hoje um sinal inequívoco e claro de que estará ao lado dos estudantes, que lutará pelos seus problemas, que estará na primeira linha para resolver as suas dificuldades.

Coordenadores do Ensino Superior e Ensino Secundário da JSD

A Comissão Política Nacional